“Uma greve não é um acontecimento comum no Brasil. Se a greve é de professores, trata-se de caso ainda mais raro. E se os professores são mineiros (DE BRASÍLIA), o caso assume proporções de fenômeno único. O que teria levado as pacatas, dóceis e modestíssimas professoras da capital (DO PAÍS) e do interior de Minas Gerais (DO DF) a assumir esta atitude, senão uma razão também única, fora de qualquer motivação secundária e circunstancial? Uma razão de sobrevivência? É o que toda gente sente e pensa diante de centenas de municípios (E CIDADES) onde as mestras cruzaram os braços e aguardam a palavra do governador do Estado.”
 
(Carlos Drummond de Andrade, Jornal do Brasil, 16/06/79, com adaptação em caixa alta)